17 de mai. de 2014

Nunca fui como todos!

Nunca fui como todos 
Nunca tive muitos amigos 
Nunca fui favorita 
Nunca fui o que meus pais queriam 
Nunca tive alguém que amasse 
Mas tive somente a mim 
A minha absoluta verdade 
Meu verdadeiro pensamento 
O meu conforto nas horas de sofrimento 
Não vivo sozinha porque gosto 
E sim porque aprendi a ser só...

Florbela Espanca

2 comentários:

  1. Que poema absolutamente verdadeiro dentro de mim, agora olhando pra trás, percebo o quão só eu fui, das brincadeiras de solidão, olhar o céu deitado no chão, abraçar árvores, isso por horas e completamente só, até alguém me chamar para o almoço ou um lanche...sempre tive muita consciência do que acontecia ao meu redor, mas nunca aprendi a deixar de ser só, fiz teatro para perder a inibição, e não adiantou, então eu aprendi, acho que aprendi a viver só...maravilhoso poema.
    ps. Meu carinho meu respeito e meu abraço, querido Carlos.

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  2. Lindíssimo poema de uma poetisa portuguesa que adoro!

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